Testemunho valioso para a saúde, a longevidade e a evolução do ser
Resolvi investigar aquela “notícia” da morte do homem mais velho do mundo (aos 256 anos!) e não me convenci totalmente, mas encontrei algumas informações surpreendentes e coerentes.
A primeira delas é que esse tema ressurgiu na internet em 2005, dando a ideia de que sua morte acabara de ocorrer; em 2007 foi a mesma coisa; e agora também – o que só vem demonstrar o que todos já sabem: nem tudo que se publica pela internet é verdadeiro ou falso. Mas como o Mestre próprio disse, outros antes dele igualmente viveram muito tempo.
O velho Li Ching Yuen, de fato, existiu e faleceu em 6-05-1933, em idade fantasticamente avançada. Foi um mestre taoísta chinês, herbalista e praticante de ‘Qigong’ (cultivava o Vazio) que supostamente teria vivido por mais de dois séculos e meio, em decorrência de sua prática, ou seja, desde 1677.
Além das controvérsias
Essa data foi adotada em razão de registros encontrados, em 1930, pelo professor Wu Chung-chieh, diretor do Departamento de Educação da Universidade de Chengtu. O documento do Governo Imperial Chinês, datado de 1827 congratulava-se com o Mestre Li Ching Yuen, por seu aniversário de 150 anos.
O Mestre Da Liu, um de seus discípulos, contava que, aos 130 anos, o Mestre Li encontrou nas montanhas um eremita de idade ainda maior, que lhe ensinou o Pa-Kua (O Livro das Mutações, I-Ching) e um conjunto de práticas de Chi Kung, que incluíam treinamentos de respiração, movimentos coordenados com sons e recomendações sobre a alimentação e uso de ervas medicinais e vinho de arroz. Segundo Da Liu, seu mestre dizia que sua longevidade "é devida ao fato que realizei estes exercícios a cada dia, regularmente, corretamente, e com sinceridade por 120 anos."
Em 1927 o General Yang Sen, do Exército Revolucionário Chinês, fez a fotografia acima, descrevendo-o como um
Homem de sorte de 250 anos (...) Sua visão era perfeita e sua pele firme; Li tinha sete pés de altura, unhas muito longas e compleição forte.
Um legado para a longevidade
As diversas histórias sobre o Mestre Li Ching Yuen destacam seu papel como herbalista, usuário e divulgador do uso de Gotu Kola (Centella asiatica) e outras ervas medicinais chinesas como Ginseng e Alho para manter a saúde e a longevidade. Poucos falam de seu cultivo de ‘gong’, das suas virtudes e do procurado Vazio, que marcou sua existência búdica.
O artigo "Tartaruga-Pombo-Cão" da Revista Time (15-05-1933) registra a resposta do Mestre Li Ching Yuen sobre qual o seu segredo para conquistar uma vida tão longa:
“Manter o coração calmo; sentar como uma tartaruga; andar vagarosamente como um pombo e dormir como um cão.
Tudo em alta energia
A prática e o cultivo de ‘Qigong’ conduz a essa elevação da existência e o surgimento de efeitos sobrenaturais como a longevidade, o andar sobre fogo e água sem se queimar ou afundar, voar, levitar, estar em dois ou três lugares ao mesmo tempo, curar pessoas e animais etc.
Seja verdade ou equívoco a idade do Mestre Li Ching Yuen, o fato é que ele deixou um testemunho valioso para a saúde, a longevidade e a evolução do ser humano, reproduzida pelos seus discípulos.
OBSERVAÇÃO
A foto utilizada para ilustrar o Mestre Li Ching Yuen de 256 anos, em muitas publicações, na verdade, é da mulher chinesa Luo Meizhen, morta em 2013 com 127 anos, sendo até então a mulher mais velha do mundo. Antes dela, o recorde oficial de longevidade, atestada por documentos, pertencia à francesa Jeanne Louise Calment, que faleceu em 1997 com 122 anos.
0 Comentário(s):
Postar um comentário