Uma seção para Humanistas
Acreditamos que ateísmo ou ceticismo sem humanismo é doutrina falsa, vazia, sem perspectiva e com fundamentos frágeis.
Desde dos anos 1970 que o termo humanismo vem sendo falado por pessoas que, aparentemente, não acreditam em nada, nem em deuses, nem no sobrenatural, mas possuem uma visão do mundo em que coloca o ser humano e o seus valores, a vida e o livre-pensamento como base para compreender a realidade da existência. Segundo uma definição da International Humanist and Ethical Union.
O Humanismo é uma postura de vida democrática e ética, que afirma que os seres humanos têm o direito e a responsabilidade de dar sentido e forma às suas próprias vidas. Defende a construção de uma sociedade mais humana, através de uma ética baseada em valores humanos e outros valores naturais, dentro do espírito da razão e do livre-pensamento, com base nas capacidades humanas (IHEU, 2009)
Para Jostein Gaarder (autor de O Livro das Religiões), o Humanismo realça a liberdade do indivíduo, a razão, as oportunidades e os direitos. Nas ações humanísticas, se "procura, sem recorrer à religião, o melhor nos seres humanos e para os seres humanos”, como assinala o Chambers Pocket Dictionary e descreve Merriam Webster Dictionary:
[...] uma doutrina, atitude, ou modo de viver centrado nos interesses ou valores humanos; em particular: uma filosofia que normalmente rejeita o sobrenatural e dá enfâse à dignidade do indivíduo e ao seu valor e capacidade para a auto-realização pessoal através do uso da razão (Merriam Webster DictionaryO Humanismo preocupa-se em compreender o mundo natural, a desvelar o destino do homem e a desenvolver uma base da moralidade, mas pelos caminhos da razão, em vez de revelações ou autoridades religiosas. Isso implica em aceitar que o humano não é sobrenatural, não pertence a forças externas e que pode elevar-se à sua maior altura e obter a maior satisfação em tudo o que faz.
Para a Oxford Companion to Philosophy, em declaração sobre a ética humanista, ela também “se distingue por sua ação moral ter como objetivo alcançar o bem-estar da humanidade, em vez de procurar cumprir a vontade de Deus".
O conhecimento do Humanismo está aparentemente estruturado em uma filosofia humanista, que se materializa em uma práxis humanista secular exercitada por ateus (ateus céticos, agnósticos, e ateus ativos, explícitos). Quando incluimos nest’A Página informações sobre a inexistência de divindades, como creêm os ateus, ou a dúvida sobre temas sobrenaturais e pesudociências, como sugerem os céticos, queremos apenas ampliar a noção humanística de ateus e céticos, e fazer uma distinção entre ambas as posturas.
Acreditamos que ateísmo ou ceticismo sem humanismo é doutrina falsa, vazia, sem perspectiva e com fundamentos frágeis. O humanismo secular é a terceira via, que segue pela rota do Naturalismo, na qual as leis físicas do universo não são subordinadas a entidades imateriais ou sobrenaturais, como deuses, demônios ou outros seres espirituais fora do domínio do universo natural. O humanismo ético une todos aqueles que não podem mais acreditar nas várias fés e estão dispostos a assentar as suas convicções no respeito pelo homem enquanto ser espiritual e moral.
A respeito de ateísmo e sua história, sugere-se ver o primeiro capítulo da série de vídeos "A história do Ateísmo 1 - Sombras da Dúvida", e os demais, no YouTube.
Os fundamentos do humanismo ético moderno foram proclamados em 1952, durante o Congresso Mundial Humanista, ocorrido em Amsterdã (Holanda), e reafirmados pela Declaração de 2002, na mesma localidade, nas celebrações de seu cinquentenário. Para ler estes documentos, em versão portuguesa, clique AQUI
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