Visão incomum da totalidade do ser
Vamos tentar solucionar um problema conceitual sobre o que seja o corpo, o espírito e a alma, posto que se tornaram termos banalizados e generalizados para os componentes do ser humano, desde que se colocam na alma os atributos do espírito ou vice-versa, deixando os incautos desinformados e confusos.
O ser humano é muito simples, ainda que complexas as suas relações e conexões, dependentes da consciência que cada um tem do Universo em que vive e atua. É um ser híbrido, sistêmico, composto de partes visíveis e invisíveis, e para estudá-lo, nestas perspectivas, é necessário utilizar conhecimentos de várias origens e culturas. Precisamos de tudo junto: a fé dos religiosos, a desconfiança dos ateus, a dúvida dos céticos, a certeza dos humanistas seculares e o próprio conhecimento existencial.
Fala-se da totalidade do ser humano, de modo geral ou como objetivo a ser alcançado pelo Homem em sua passagem terrestre, mas os componentes e elementos dessa totalidade são tratados em fragmentos, o que dificulta a sua compreensão.
A este conhecimento, acrescentam-se algumas explicações sobre o sistema endócrino, feitas por Edgar Cayce (1930), que pode ser útil na compreensão deste tema.
As glândulas endócrinas, por serem pontos de contatos entre os três corpos, são como mecanismos por meio dos quais o espírito se liga ao corpo físico (influenciando-o) e à alma (para receber seus desígnios). Conhecer um pouco da importância destas glândulas, como funcionam no corpo humano, sua relação com o aspecto físico do ser e com as energias mentais e espirituais, é um conhecimento que se acrescenta no conceito evolutivo do ser humano.
O sistema glandular é fonte de todas as atividades humanas, de todas as disposições, de todos os temperamentos e da diversidade das raças e suas naturezas. Medo, ira, alegria e outras energias emocionais estão relacionadas com uma atividade nas glândulas endócrinas, que produzem secreções hormonais expandidas para todo o organismo.
Segundo o vidente e conferencista norte-americano Edgar Cayce (1877-1945), olho, nariz, cérebro, traquéia, brônquios, pulmões, coração, fígado, baço e pâncreas, por exemplo, não funcionariam por si mesmos se não houvesse o sistema glandular. As glândulas estão relacionadas com a renovação (degeneração e rejuvenescimento) das células não apenas em seus aspectos físicos, mas ainda com as energias do corpo espiritual (mental) e da alma.
O profeta moderno, em 1930, relacionava as glândulas a uma função precisa no sistema sensorial, correspondendo, por exemplo, no corpo físico:
- a pituitária, com a luz (sabedoria), que se desenvolve no silêncio, e com os Céus;
- a pineal, com o crescimento do embrião no seio da mãe, e com o Nome;
- a tireóide, com as decisões de atuar ou agir, e com a vontade.
- o timo, com o coração e o bem/mal;
- as suprarenais, com as emoções e o plexo solar, e com as ofensas;
- as células de Leydig, com o equilíbrio masculino-feminino e a tentação;
- as gônadas, com a mobilidade do corpo físico e com o pão.
Para Cayce, o Livro do Apocalipse (da Bíblia) contém uma descrição simbólica do corpo humano e, particularmente, do funcionamento das glândulas endócrinas, enquanto a antiga oração do Pai Nosso, cujos versos correspondem aos centros glandulares, podem ter significados especiais:
1 Pai Nosso que estais no Céu, (abre a pituitária, glândula mestra do corpo)
2 Santificado seja Teu Nome (abre a pineal)
3 Venha a nós o Teu Reino (abre as tireóides)
4 Faça-se a Tua Vontade, assim na Terra (abre o timo)
5 Como no Céu (abre as tireóides).
6 O pão nosso de cada dia dê-nos hoje (abre as gônadas)
7 E perdoa-nos nossas dívidas/ofensas, assim como nós perdoamos a nossos devedores e os que nos têm ofendido (abre as suprarenais)
8 E não nos deixes cair em tentação (abre as células de Leydig)
9 Mas, livrai-nos do Mal (abre o timo)
10 Pois Tu és o Reino (abre as tireóides),
11 O Poder (abre a pineal)
12 E a Glória (abre a pituitária) pelos séculos dos séculos. Amém.
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