À porta do desconhecido

A vida de cada pessoa é influenciada pelos próprios ciclos de desenvolvimento, dependendo da idade, gênero e contratos de alma. Também é influenciada por amplas correntes de energia, que tem a ver com processos envolvendo a Terra e a Humanidade em conjunto.

Há correntes de energia funcionando agora que empurram para a superfície velhas e obscuras energias a uma velocidade que pode parecer atroz àqueles que não confiam no processo. A humanidade não está preparada para a liberação dessa velha energia. A maioria das pessoas não sabe como manejar a dor emocional profunda e a energia destrutiva que desse estado resulta. Mas não se desencoraje e mantenha a fé em seu caminho.

Existe um nível de desenvolvimento em que a pessoa já não pode controlar seu crescimento. A área de expansão da consciência requer entrega e deixar ir. Não tem mais a ver com fazer certos exercícios ou visualizações, seguir certa dieta ou praticar alguma disciplina com a finalidade de controlar o viver. É impossível controlar a enorme onda de energia que agora quer fluir através do ser.

É a alma querendo elevar-se até esse fluxo de energia porque é consciente de que é um bom fluxo. Entretanto, a personalidade humana não é capaz de ver para onde está indo. A mente humana não pode compreender o destino do caudal da alma, o que pode causar sentimentos de desespero e de se estar desconectado da própria intuição, paixão e sentido geral de direção. Mas não há nada de mal nisso. Sempre ocorre essa sensação de caos e desorientação quando se está a entrar num novo começo. Os novos começos sempre são precedidos por um período de caos e crises. O novo não pode entrar antes que o velho se colapse. A pessoa pensa que já liberou muito, mas ainda tem muita coisa para liberar. Então ela tem de permanecer consciente, confiante e envolvida, porque assim se alinha ao fluxo da energia e o passeio se torna mais fácil.

Nesses momentos, a pessoa traz a nova energia à Terra, mesmo estando na obscuridade, mesmo se sentindo decaída, deprimida e não tenha nem idéia de onde está indo. Mesmo assim, a pessoa cumpre uma missão de luz, que significa viajar dentro da noite até os rincões mais escuros da alma, sem saber o que vai acontecer. Viajando através da obscuridade, entregue à experiência e confiante em que sairá dela com um significado.

A obscuridade sempre contém um tesouro. As emoções obscuras são as partes escondidas que querem reunir-se com a própria pessoa. A negatividade que a pessoa sente é uma parte da sua energia que ficou estagnada, sem se mover, por muito tempo.

A pessoa passa por muitas vidas na Terra e em outras partes do Universo e quando seu ciclo de vida se aproxima da conclusão, as partes mais angustiantes bloqueadas em muitas vidas diferentes, vem à tona para serem descarregadas e liberadas. Muitas vezes, não se compreende de onde vem todo esse trauma emocional. Mas, sempre é o mesmo: o medo desejando ser atendido. O medo quer ser olhado de frente e quer ser benvindo. É uma parte da pessoa, e uma parte válida, em verdade. O medo faz parte do jogo da dualidade que se joga neste canto do universo. É inofensivo, inocente como uma criança. O medo é simplesmente uma resposta ao desconhecido.

O medo é um elemento necessário ao Universo. Do contrário não seria possível explorar e experimentar algo novo. O medo marca o limite entre o que é seguro e familiar e o que não é. Mas além dessa fronteira há algo novo que não se compreende ou não se tenha experimentado. Quando o medo é olhado assim, o juízo se solta e permite o potencial de alegrar-se, porque o medo promete uma nova terra por descobrir, um novo lugar onde a luz própria brilhe.

Lembra-se: Depois de cada noite chega um novo dia. O sol brilha outra vez. É inevitável. É a vida que recupera seu curso natural. Assim como não se pode impedir que caia a noite, não se pode impedir que venha o dia. Então, que a pessoa se permita atravessar essa fronteira e ela falará em um esplêndido novo amanhecer.

Trechos da mensagem de María aos Agentes da Luz, canalizada por Pamela Kribbe (Junho 2010)