Jesus, viajante cósmico
Qual a novidade?
A pintura A Glorificação da Eucaristia (1595), de Ventura Salimbeni, chamou a atenção de especialistas em obras artísticas da Renascença. Para o britânico Steve Mera, essa arte é uma possibilidade de que Jesus seja um viajante no tempo: no quadro está o satélite Sputnik, lançado em 1957 pela União Soviética, 362 anos depois. Em todo o caso, é um quadro profético... [Daily Express, 19-02-2016]
Mas o bispo brasileiro dom Fernando Pugliese (filósofo pela Universidade Gregoriana de Roma, Itália) não duvidaria dessa teoria de conspiração de Mera, pois estuda mensagens ocultas na Bíblia há muitos anos e já havia chegado à mesma conclusão. Jesus teria chegado ao nosso planeta num disco voador, tomou a forma humana e espalhou conhecimento alienígena no Oriente Médio.
Dom Pugliese assim interpreta algumas situações bíblicas:
A estrela de Belém, que guiou os Reis Magos até a manjedoura de Jesus, seria uma nave espacial, porque se movia de forma inteligente, acompanhando a viagem dos nobres. A aparição da Virgem Maria na cidade de Fátima, em Portugal, seria uma manifestação ufológica, um robô em forma feminina controlado por um óvni. Jesus suava gotas de sangue por causa de características somáticas e psicossomáticas sobre o seu corpo humano. [Super Interessante, Edição 218ª/Out.2005]
Teorias de conspiração
Uma informação levando à outra revela que essa teoria de conspiração tem crédulos por todos os lados, depois de “Eram os Deuses Astronautas?” de Erich von Däniken. Toda a linhagem de personagens bíblicos, do Gênesis ao Apocalipse, seriam astronautas de outras galáxias? Sem muito trabalho encontramos além de Dom Fernando outros que acreditam na origem extraterrena de Cristo.
O francês Claude Vorilhon (Raël), fundador do Movimento Raeliano e autor de Extraterrestrials Took me to Their Planet (Extraterrestres Levaram-me ao seu Planeta), vai mais longe. Declarou em 1975 que se encontrou com Jesus, Buda, Moisés e Maomé no mundo de Elohim, o Ser Supremo. Para Raël, criador da seita ufológica, todos os profetas que viveram na Terra foram enviados por Elohim.
Segundo Raël ainda, o filho de Deus foi clonado pelos alienígenas, que pegaram o DNA divino ainda na cruz, querendo com isso explicar os raios, tremores e uma grande sombra cobrindo toda Jerusalém, testemunhados na época, logo depois da morte de Cristo. Graças à clonagem, produzida com tecnologia avançada, Jesus vive até hoje em outra galáxia, de onde voltará na hora certa.
Escritores do movimento batizado de Nova Era, como Brad Steiger e Randolph Winters, também simpatizam com a paternidade extraterrestre de Cristo. Nesta teoria, o Homem de Nazaré não era um deus, mas um mestre ascendente alienígena que encarnou para assumir um padrão físico mais aceitável aos humanos. Jesus era “o corpo biológico de uma entidade espiritual cósmica”. Nesta abordagem, o anjo Gabriel visto por Maria seria um astronauta do alto de uma nave espacial, escondida pela intensidade do brilho das luzes.
Mais, na Bíblia
O livro do profeta Enoque, bisavô de Noé, traz algumas passagens inspiradoras aos simpatizantes da teoria: “200 anjos desceram e tiveram relações amorosas com as filhas da Terra, que deram nascimento a gigantes”.
E, em se falando de Bíblia, tem a interessante passagem de Abraão e Sara (Gênesis 18:1-11), exemplo de hospitalidade a esses alienígenas elevados:
Abraão ergueu os olhos e viu três homens em pé, a pouca distância. Quando os viu, saiu da entrada de sua tenda, correu ao encontro deles e curvou-se até ao chão.
O livro Pistis-Sophia (Fiel Sabedoria) dos gnósticos, narra a reaparição de Cristo para alguns de seus discípulos (ressurreição) e descreve, em detalhes, as dimensões que Jesus percorreu até baixar aqui na Terra:
[...] logo que o sol se levantou nas regiões do Oriente, uma poderosa força de luz desceu, na qual estava a minha vestimenta (...) o mistério, que está por fora do mundo é que é a razão por que todo o Universo foi feito; é toda a agressão e toda a elevação; ele projeta todas as emanações e o que existe nelas".